Mercedes Bellido, nascida em Zaragoza (1991), mudou-se para a cidade de Cuenca para estudar Belas Artes. Durante os cursos universitários, começou a interessar-se pela pintura e decidiu tomá-la como técnica principal do seu trabalho, complementando-a com desenho e bordado.

Terminada a licenciatura, mudou-se para Madrid para completar os seus estudos fazendo um Mestrado em Investigação em Arte e Criação na Universidade Complutense.

Realizou várias colaborações com a feira de auto-edição Libros Mutantes na La Casa Encendida, como a apresentação do seu sketchbook editado pela Ediciones Puré em 2013 ou a sua participação no workshop “Un Fanzine to Carry” em 2015. Realizou um projeto de intervenção com a Plataforma PAC na Feira de Estampa (Madrid 2015). Participou da III Exposição Internacional de Arte Universitária IKAS ART (Bilbao 2011) em exposições coletivas como EXTENDED Festival of Emerging Art in (Cuenca 2012-2013), "Poder Planetario" (Madrid 2015), "We don't care more" (Madrid 2015), exposição coletiva "La primavera en la plaza" no Matadero Madrid (2016). Nos últimos dois anos realizou 3 exposições individuais, PAPERBALL no Espacio Lamosa (2014) e NO HOME, no Lasala de Zaragoza (2014) e “Tudo morre sob o sol” no Espacio Ananas, Madrid (2016). Expôs com a galeria Ananas na Just Mad em 2017.

Tivemos oportunidade de conversar com ela, durante a sua exposição em Valência “A noite, o pássaro de asas negras” realizada em Valência, na galeria Plastic Murs, em março de 2017, e este é o resultado.

1.-Como você definiria seu trabalho?

Eu definiria meu trabalho como imagens que transmitem calma e inquietação ao mesmo tempo, são compostas por um imaginário que tento torná-lo reconhecível usando os elementos e códigos para mostrar um mundo onírico e pessoal, mas que não interfere no pessoal interpretação de cada espectador. Gosto que as pessoas possam trazer o significado das imagens para suas próprias experiências.

2.-Quem você tem como referência ou o que você usa como inspiração?

De Chirico, Magritte, Hockney ou Rousseau são nomes que sempre aparecem nas minhas referências e sempre recorro a eles entre muitos outros, mas pode-se dizer que são os que mais me influenciaram. Internet é outra janela muito importante para encontrar inspiração.

3.-Que materiais costuma utilizar para as suas obras?

Costumo trabalhar em acrílico sobre papel e nanquim.

4.-O que você pede da pintura?

Que continue existindo e me permita continuar aprendendo no processo. Você aprende muito, exige esforço, dedicação, perseverança e ordem, se algo não der certo, deixe secar e comece de novo. Você deve aprender rapidamente a superar a frustração, especialmente quando as coisas não funcionam para você.

5.-Na sua paleta de cores, o que é essencial?

O branco é sem dúvida a cor que mais uso, embora não se veja muito, mas há branco em todas as minhas misturas. O verde turquesa também é bastante recorrente em todas as suas faixas e o azul índigo ou acinzentado.

+ informações sobre o artista: http://mercedesbellido.tumblr.com/